Mostra

TransAmazônias: Zonas Imaginárias

Museu de Lisboa - Teatro Romano / Lisboa

Cinema -fora- dos Leões / Évora

Ruínas da Villa Romana de São Cucufate / Vila de Frades, Vidigueira


A mostra TransAmazônias: Zonas Imaginárias foi aberta no dia 7 de Outubro de 2022 na cidade de Lisboa, como evento artístico-cultural do primeiro encontro da série internacional Antropocênica em Portugal, com a projeção de imagens do premiado ensaio fotográfico "Distopia Amazônica", na presença do autor, o fotojornalista brasileiro Lalo de Almeida, especialmente nas ruínas do antigo Teatro Romano na capital do país.

A partir do alto à esquerda, em sentido horário: habitante da Reserva Extrativista Arapixi, em Boca do Acre, estado do Amazonas, corta vegetação para a passagem de uma canoa até a área de coleta de castanhas no interior da floresta; mulheres e meninas da etnia Pirahã, observam motoristas que passam pela rodovia Transamazónica, na esperança de receberem alguma doação de alimento; um homem da etnia Yawalapiti caminha em sua aldeia, envolto pela fumaça que cobriu o Parque Indígena do Xingu, na devastação da floresta por incêndios provocados; garimpeiros trabalham na mineração de ouro em uma das maiores zonas de exploração aurífera, na região norte do estado do Mato Grosso. Imagens: Lalo de Almeida.

A importância do lugar, no contexto proposto, está no entretecer de referências simbólicas essenciais, assim activadas seja no próprio nome Antropocénica (como a frase de difusão da série bem explicita — "as cenas do drama humano no teatro do mundo em mutação"); seja pelo facto do testemunho físico das estruturas arquitectónicas remanescentes do período romano, inscritas e visíveis na paisagem urbana contemporânea de Lisboa; seja pela metáfora das ruínas enquanto cena e cenário actuais do Antropoceno, como observa-se no processo ainda em marcha sobre a maior floresta tropical do planeta.

Interior do sítio arqueológico do Museu de Lisboa - Teatro Romano preparado para a projeção de imagens do premiado fotojornalista brasileiro Lalo de Almeida, abrindo a mostra TransAmazónias: Zonas Imaginárias. Imagem: Silvio Luiz Cordeiro.

No episódio 10 de Visita Guiada (RTP), a arqueóloga Lídia Fernandes, coordenadora do Museu de Lisboa - Teatro Romano, apresenta ao público uma síntese sobre a história desta monumental obra edificada pelos romanos na paisagem urbana da antiga Felicitas Iulia Olisipo, hoje vista em ruínas de significativas estruturas arquitectónicas, que datam do século I d.C. e remanescem inscritas na zona histórica central da cidade.

Distopia Amazônica

Museu de Lisboa - Teatro Romano

No primeiro encontro da série internacional Antropocênica, a Amazônia foi compreendida como território-síntese das complexas questões do Antropoceno. O fotojornalista Lalo de Almeida esteve presente neste encontro justamente para mostrar ao público e comentar imagens de seu ensaio "Distopia Amazônica", projetadas sobre tela instalada no interior do sítio arqueológico do Museu de Lisboa - Teatro Romano.

"A Última Árvore", peça sonocénica especialmente concebida para o evento nas ruínas do antigo teatro, introduziu a projeção.

Cartaz de divulgação do evento no Museu de Lisboa - Teatro Romano. Imagem: Lalo de Almeida.

A partir do alto à esquerda, em sentido horário: Hugo Henriques e Patrícia Brum na montagem dos equipamentos de som e projeção de imagens sobre tela instalada nas ruínas do Teatro Romano de Lisboa; em primeiro plano, o fotojornalista Lalo de Almeida acompanha a montagem; o filósofo Dirk Michael Hennrich e a arqueóloga Maria da Conceição Lopes juntos do público, momentos antes do início da projeção; Lalo de Almeida fala sobre a imagem que documenta a fase de instalação da usina hidrelétrica de Belo Monte (a maior hidrelétrica da Amazónia e a 4ª do mundo), construída no rio Xingu. Imagens: Silvio Luiz Cordeiro.

Curadoria 

Silvio Luiz Cordeiro


Autor Convidado

Lalo de Almeida


Coordenação do Museu de Lisboa - Teatro Romano

Lídia Fernandes


Produção Executiva

Carolina Grilo

Dirk Michael Hennrich

Lídia Fernandes

Patrícia Brum

Silvio Luiz Cordeiro


Técnico Audiovisual do Museu de Lisboa

Hugo Henriques


Mediação

Dirk Michael Hennrich

Maria da Conceição Lopes

Silvio Luiz Cordeiro


Peça Sonocênica

Silvio Luiz Cordeiro


Desenho de Som

Júnior Aragaki / Estúdio 57


Agradecimentos

Bárbara Antunes

Carolina Grilo

Hugo Henriques

Júnior Aragaki 

Lalo de Almeida

Lídia Fernandes

Mariana Morgado

Marina Marques

Mónica Gomes

Patrícia Brum

Sofia Bicho

Apoio Criativo
Apoio Divulgação